Tema amplamente discutido pela sociedade atualmente, a diversidade chegou à publicidade. Além de mostrar representatividade, as marcas buscam dar voz e visibilidade às minorias sem reforçar os já conhecidos estereótipos. Mas será que essa representatividade está, de fato, acontecendo?
Para analisar a presença de mulheres, gays, lésbicas, negros, idosos, obesos, deficientes, asiáticos e outros grupos em propagandas brasileiras, a SA365 e Elife realizaram um estudo com os 20 maiores anunciantes do país. Na pesquisa, foram consideradas 1.465 publicações pagas no Facebook no primeiro semestre de 2018. Em cada um dos posts foram considerados apenas as imagens das peças nos formatos foto e vídeo, sem avaliação de conteúdo ou segmentação de mídia.
De modo geral, a pesquisa identificou que a presença de homens brancos ainda é maior do que a de mulheres, gays e negros. Já as marcas que colocam as mulheres como foco de suas propagandas são mais ligadas à beleza e à higiene doméstica, retratando mais um estereótipo do que uma forma de inclusão.
Essa mesma situação acontece no segmento automotivo. O resultado mostra que as minorias ainda estão longe de assumirem o protagonismo das propagandas. Ou seja, a publicidade caminha para a diversidade, mas ainda há um grande desafio: desenvolver peças autênticas e realmente inclusivas e representativas, longe dos estereótipos criados pela sociedade.