Marcas inovadoras precisam ser de verdade

Recente paródia do Porta dos Fundos sobre Branding coloca o processo de gestão da marca como ‘gourmetizador’ para os produtos e serviços da empresa.  No vídeo, nomenclaturas nobres e elitizadas são utilizadas para explicar o processo que, em geral, é traduzido em histórias de pouca verdade e, muitas vezes, sem fundamentos.

Em um momento tão crítico para o meio empresarial como o atual, boa parte do que precisamos para atravessar as tormentas dessa jornada está relacionada à forma como gerenciamos nossas marcas e à inovação.

 

Na gestão da marca, as organizações mais do que nunca precisam de direcionadores que as levem aos resultados esperados. Nessa trilha, é preciso ter planejamento, estrutura de apoio, processos, ferramentas certas, apoio das pessoas e, principalmente, contar com as atitudes proativas delas frente às adversidades naturais do mercado.

Muitas são as opções para se mapear o caminho a ser perseguido. Mas, sem dúvida, as empresas não podem – ou pelo menos não deviam – priorizar somente seus produtos em detrimento do que o mercado precisa, ignorando as verdadeiras necessidades do cliente ou do consumidor.

Ter bons produtos é condição sine qua non e eles podem ser renovados ou substituídos. Ter qualidade idem. Já devíamos ter ultrapassado estas barreiras e estar focando nossos olhares, ouvidos e todos os demais sentidos para saber o que, de fato, as pessoas gostariam e poderiam comprar – sejam produtos ou serviços.

 

Nem é preciso lembrar que vivemos um momento de escassez de recursos.  Mas, a lembrança bem recente de abundância faz com que pessoas e empresas ainda se confundam sobre o que é realmente necessário.  Este movimento tem feito com que o mundo empresarial busque sua reinvenção em todos os sentidos e relacionamentos.

“O mundo continua em transformação e exige uma atenção efetiva na gestão de nossas marcas e nas formas de inovação.”

Chegou novamente a hora da inovação. Diferentemente de quando surgiu, o conceito não está mais atrelado somente à tecnologia. Hoje está relacionado a quatro formas de inovação: no produto, nos processos, nos métodos organizacionais e, sobretudo, no marketing.

Na verdade, a inovação ganhou força em 1990 quando foi editado o primeiro Manual de Oslo, que, em 2005, já registrava sua terceira edição. Produzido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é hoje uma das principais referências para as atividades de inovação no Brasil, que necessita ser cada vez mais competitivo.

Porém, o que vale lembrar é que, coincidência ou não, no mesmo período, aconteceu o boom tecnológico que passou a influenciar muito mais do que o sistema produtivo, conforme previsto. Surgiu o fenômeno da World Wide Web que, por meio de uma rede mundial de computadores e do uso da internet, estendeu seu alcance ao público em geral, criando novas empresas, produtos, serviços e mercados, influenciando culturas e transformando pessoas.

Passados 28 anos, o mundo continua em transformação, exigindo ainda mais de todos nós uma atenção efetiva na gestão de nossas marcas e nas formas de inovação. De forma preocupante, o que vemos são ações inversas para alcançarmos estas exigências dos cidadãos globais. Vemos nosso país investindo cada vez menos em pesquisa. Aqui, infelizmente, inovação ainda não faz parte do status quo da maioria das organizações e as marcas continuam sendo pouco percebidas como ativos.

Se não invertermos em curto prazo este cenário, de fato seremos uma paródia e deveremos sair definitivamente pela porta dos fundos. Temos capacidade para irmos além do que criarmos justificativas para aumento de preços e tarifas. Temos que ser verdadeiros em nossas histórias e promessas. Sim, Nós podemos mais.

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