Solidariedade para um mundo melhor

Apesar da rotina atribulada, Queila Hauschild, executiva de contas da Nós da Comunicação, vem encontrando tempo livre para modificar a vida dos outros, a sua e fazer a diferença. A solidariedade faz parte da natureza humana e Queila sempre quis colaborar de alguma forma na vida de pessoas em condições carentes, mas até então não sabia como. “Minha vida é muito boa e acho importante retribuir e compartilhar isso de alguma forma.”

Em abril de 2016, durante um trabalho voluntário em evento realizado pela plataforma Atados, na Praia do Arpoador, em Ipanema, ela conheceu a organização internacional TETO, focada no desenvolvimento de comunidades carentes, e uma de suas frentes de atuação é construir casas emergenciais, pré-montadas, no lugar de barracos.

Alguns meses depois, Queila já estava, como voluntária, erguendo moradias na comunidade do Canal do Anil, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na companhia de dezenas de outros voluntários e moradores que conheceu por lá.

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“Acho importante retribuir e compartilhar de alguma forma.”

Antes de chegar lá, Queila achava que a melhor solução seria tirar as pessoas dali, mas viu que os moradores queriam viver naquela comunidade, perto da família e dos amigos. Eles apenas queriam morar com dignidade numa casa, em condições decentes.

“Os sentimentos e desejos são exatamente os mesmos em qualquer família, pobre ou não. O problema são as condições de vida completamente desiguais. Eles têm o direito de estarem lá, com uma estrutura adequada, como em qualquer outro lugar da cidade. Esse foi um dos meus maiores aprendizados”, conta.

Um novo olhar sobre a vida

Após a experiência, física e emocionalmente exaustiva, Queila passou a ver o mundo de outra forma, voltou para casa mais questionadora e espiritualmente modificada. Desde então, os fatos da rotina ganharam uma nova perspectiva, alguns com mais importância e outros com menos.

“O trabalho voluntário te faz perceber de fato a existência das pessoas ao seu lado, a forma como vivem. Passamos a ter consciência de que não estamos sozinhos e que podemos fazer a diferença, nem que seja com ‘trabalho de formigas’. Isso me alimenta diariamente, sem contar o carinho que recebemos de volta e os novos amigos que fazemos ao longo dos trabalhos. É algo que não tem preço”, conta.

De julho para cá, a publicitária participou de mais dois eventos do TETO: uma pesquisa para mapear as comunidades (ECO), realizada em setembro; e, em outubro, na construção de mais casas, no Parque das Missões, em Duque de Caxias. Atualmente, somou às suas participações voluntárias trabalhos sociais com crianças e jovens.

“Eles têm um terreno muito fértil a ser desenvolvido. A gente precisa mudar o presente e o futuro do país de alguma forma. Ainda temos muito a fazer”, conclui.

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